sexta-feira, 10 de junho de 2011

Não importa

Passagem aterradora de princípios antes desconhecidos
Não há conhecimento que tolere esta falta de.
Particularmente privatizado no próprio estabelecimento humano.
Linhas que descem e não são lidas verticalmente, como estaria.
Nem no horizonte perfura tantos diagnósticos contrários
Não tem câncer, não há mentiras pré-estabelecidas
Há verdades pré-inventadas.
Todas as essências são dadas e não vendidas.
Um texto que cala.
Um beijo que escreve.
Jaz aqui o último momento e doença.
Tem uma nova música.
A que toca na rádio central da estação.
Um trem que nunca passará.
Uma cinza de vulcão que venta silício em silêncio.
Pra onde foram as vírgulas do terror?
De repente.
Tudo voa como se não quisesse.
Mas precisasse voar.
Mas 'mas' não começa frase.
E você dá voltas em seu temor julgador.
Por que insiste nessa perplexidade momentânea?
Dou espaço quando eu bem entender.
Como as pala v de um jeito que você se irrite.
Mas você entende ou finge que vive.
Pode ficar lendo e interpretando um bando de citações como obra de concreto.
Desista.
É uma máfia abstrata.
Atira e rouba todos os seus insolentes minutos em que poderia.
Poderia estar.
Fechar os olhos e ouvir.
Sentir o ouvido e perceber.
E perceber.
Que um texto que não diz nada.
Um nada que tenta escrever tudo.
Chega de ler. Tapa no meio da cara.

2 comentários:

Giovanna Bhering disse...

O tapa no meio da cara, sem dó, machuca por ser de frente, de cara, calando.
Se dou voltar no meu temor julgador, se entendo ou finjo que vivo, talvez não saiba o porque, talvez não saiba a verdade. Só guarde a certeza: é por você(e por medo).
Me irrite o quando quiser com as palavras. Me sufoque com as diversas interpretações que me vem. Quero que me faça, enlouqueça, bata com tudo que é teu, e meu.
Fecho os olhos, ouço, percebo, [x] na janela. Algo acontecerá.

Gabriel Zambrone disse...

Não importa. (é o título do texto)