quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Nosso toque

O ponto da pinta que marca as bochechas novas de idade e sofridas de maldade aquecem meus olhos e dedos voluptuosos em um dia de semana chuvoso e sem pretenções. Uma curva acentuada que decai em sonhos tocados pela minha pele ansiosa e provocativa. Instantes mínimos para o mundo, sem saber que o meu mundo era bajulado pelo seu. Sua graça de graça. Seu riso em uso exponencial. Cócegas. O que brota do meu peito e não dos outros? Não saberei. Entretanto, brota como se fossem todos os demais reunidos de uma só vez. Toda vez (que te vejo). Não nota esta bajulação disfarçada para não viveres disso. Apenas para viveres pensando nisso quando voltares da labuta de uma mulher independente e que saiba o que quer. Que saiba acariciar a harmonia de conviver com a minha carícia. A tua eu sei que a tenho. A minha carícia devo-lhe de bilhão. E prefiro dar-lhe um bilhão de beijos para tua carícia vital a dar apenas dez beijos (de despedidas). O ponto da pinta que marca as bochechas marcam uma nova idade. Que mal sofrem de saudade, que esfriam o calor do momento e que preenchem meus dedos dos ensinamentos mais belos da vida.
Um suspiro no cangote, um beijo esforçado, um carinho esquematizado. Se tiver outros detalhes que lhe tragam amor, conte-me. Pois os contarei com a ponta dos meus dedos contra tuas costas cansadas de um dia sem nós mesmos.
Se isso é tá na pior.. O que que é tá bem, né?! te amo, GiBhering.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Lírios vivem

Persistir no erro é pedir socorro. Consertar o erro é saber amar. Viver.
O olhar é sereno e certo. O que é incerto é o próximo olhar. Mas é de surpresas que vivemos.
E para ter surpresas boas é preciso aceitar o presente mais simples que lhe é dado.
O olhar. O incerto é bem vindo. Desafio aceito. De vinte e quatro horas se tem uma jornada.
E de infinitas horas se tem uma vontade. A vontade não acaba, apenas é colocada de lado para que outra mais pura renove seu lugar. De ondas, ares e arbustos que atrapalham a correnteza, sois o grão em que fazemos parte de uma gigantesca floresta de cactos, jacarandás e outras espécies que já não existem mais. Da flor, do fruto, do ventre estão distantes apenas duas gotas de paixão e compreendimento. Da paixão que emana e conecta dois elementos para o progresso da vida *que a vida seja renovada a partir de nós mesmos*, do compreendimento que perdura e aflige nossas convicções passadas *que seja evoluído a partir de agora e sempre*.

Somos dois pássaros que voam e semeam o que há de mais belo: a complexidade da simplicidade. O complexo é tão simples que o maior dos maiores estudiosos não entenderá que o seu verdadeiro significado é ser indecifrável. Porque indecifrável não é uma equação. É simplesmente um sentimento do qual fervo por você neste momento.

Tomo sua mão com lisura, paixão e eterno aprendizado. Lisura pela pureza que solicito em que avalie minhas palavras, Paixão pelo meu saltitar de coração que adoece quando não lhe vê, e Eterno Aprendizado pelo compreendimento em que morrer ao seu lado é fazer valer tudo aquilo que acredito: VIDA.